Deize Tigrona volta a cantar após superar depressão

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A funkeira que já foi apontada com musa do funk feminista volta aos palcos após depressão.

Após ficar seis longos anos longe dos palcos e encarar uma dura batalha contra a depressão, Deize Tigrona, uma das percursoras do funk feminista, está de volta ao cenário do funk. Aos 36 anos a cantora contou aoJornal Extra que não sabe como que a depressão se instalou em sua vida. “Como eu, uma mulher que ajudou a criar nove irmãos, que dava faxina dia e noite até realizar o sonho de ser uma funkeira reconhecida na Europa, podia estar com isso?”, contou ela.

Deize Tigrona
(Reprodução/ Diego Padilha/I Hate Flash)


A cantora que irá conciliar o trabalho na Comlurb com a carreira de cantora, contou ainda detalhes sobre a sua nova música de trabalho "Madame" e disse que a música retrata com ironia as pessoas que falam mal do funk, mas que sempre buscam o ritmo. "A letra é uma ironia a tudo que ainda está aí. É uma crítica às moças que falam mal do funk, mas vão atrás dele na favela. Aos caras que acham que mulher é um objeto”, revelou ela.


Sobre os cantores que dominam o cenário do funk atualmente, Deize lembrou que apesar de vermos mulheres de sucessos no funk, o gênero ainda é dominado pelos homens. “Anitta e Ludmilla não são mais MCs, mas fazem funk. E pelo que escuto, foram influenciadas por cantoras como eu, Tati Quebra-Barraco, Valesca Popozuda... Só que os homens ainda dominam este mercado. E cada vez mais. Temos muito espaço para ocupar", disse ela.